domingo, 28 de setembro de 2008

Dia 1 - Baiona

A meio caminho entre A Guarda e Baiona fica Oya. O Mosteiro de Santa Maria de Oya agora é propriedade privada, e só a igreja se pode visitar. Quando lá passámos, o mosteiro encontrava-se em obras e a igreja estava fechada, mas a vista da beira-mar é muito gira.



Baiona é uma bela cidade virada para o mar. Mesmo antes de entrarmos na cidade, subimos à colina onde se encontra o monumento à Virgem de La Roca. A estátua é feia, na minha humilde opinião, mas está situada num belo miradouro, onde nos podemos maravilhar com a baía de Baiona e as ilhas Cíes ao fundo.




Existem neste espaço mesas para piquenique, é um espaço agradável e muito tranquilo, foi aqui o nosso almoço.

Na chegada a Baiona, estacionámos o carro num parque à entrada da fortaleza de Monterreal. Esta fortaleza fica numa pequena península muralhada.



No mapa fornecido pelo posto de turismo estavam marcados três percursos pela simpática cidade. O que mais gostamos de fazer foi o que passa por dentro da fortaleza.

Para ver a fortaleza é preciso pagar 1 euro por pessoa. Ou seja não custa nada, o que custa mesmo é achar o senhor que vende os bilhetes, estava bem escondido. Se tivéssemos entrado sem pagar ninguém nos teria dito nada. Subimos pela escadaria e andamos pela muralha. A vista é muito gira, quer a marina e a ria dum lado, quer o Atlântico do outro.


No centro da fortaleza está um hotel, género Pousada de Portugal, e que pelo que percebemos também organiza casamentos. Encontrámos duas noivas a tirarem fotografias nos jardins. De vez em quando tivemos de fazer uns desvios para não ficarmos nas fotos de casamento de ninguém. Por isso lembrem-se, se forem ao sábado a probabilidade de encontrarem casamentos é elevada.



Outro dos percursos marcados, é um passeio pelo exterior da fortaleza. Depois de termos palmilhado o interior da muralha decidimos fazer o percurso exterior, este passeio não acrescentou muito para além dum belo escaldão. O nosso conselho? Não vale apena fazer o percurso exterior se já tiverem passeado pela fortelaza.





A outra rota é pelo centro histórico, não ficámos deslumbrados com este percurso, talvez por estar muito calor ou porque àquela hora todos os edifícios assinalados no mapa estarem fechadas, mas é um percurso agradável, por entre ruas antigas e construções de pedra.

No regresso do centro da cidade, fomos ver a réplica da caravela Pinta¹ ancorada no porto, vista de fora não nos pareceu convidativa o suficiente para entrarmos.



A visita à simpática Baiona acabou com um belo de um gelado, degustado frente à praia da ribeira. A visita a Baiona estava terminada, ainda queríamos ver parte da cidade de Vigo, nesta altura ainda pensávamos que Vigo tinha muito para ver.


¹ - Pinta foi uma das caravelas usadas por Colombo no seu caminho para a América. Mais informações.

domingo, 7 de setembro de 2008

Dia 1 - Monte Tegra

(Continuação)

No sábado levantámos-nos cedinho, pretendíamos apanhar o barco em Caminha ás 9 horas. Tomamos o pequeno-almoço no Parque enquanto trocávamos dois dedos de conversa com os "donos". A conversa não nos reteve demasiado tempo e conseguimos cumprir o objectivo, entrámos no ferry-boat a poucos minutos da hora marcada.

Enquanto nos sentávamos para apreciar a viagem pelo rio Minho cai-me da saia a chave do quarto onde havíamos passado a noite... Ops! Decidimos envia-la por correio depois¹, por agora a viagem não podia parar, todo o tempo estava contado.

Enquanto atravessávamos a fronteira natural, o rio Minho, já avistávamos o verdejante Monte Tecla, o nosso próximo destino. Antes de nos dirigirmos ao Monte Tecla (Trega em Galego) parámos na praia fluvial de Camposancos, onde o Bruno tirou algumas fotografias do forte da Ínsua, uma construção do séc. XV, situado numa ilha na foz do rio Minho.


O monte Tecla foi uma agradável surpresa, pelas suas vistas panorâmicas, pela ermida e pelo povoado galaico-romano. Este último só foi descoberto no início do século XX, quando foi construída uma nova estrada para a ermida situada no topo do monte.


Este povoado é sem dúvida um dos mais bem conservados que já encontrei. Várias habitações encontram-se reconstruídas para dar uma ideia de como seria este enorme povoado que se estende por uma boa parte do Monte.


Toda a estrada que percorre o Monte Tecla até ao cimo nos dá imagens magníficas, ora de A Guarda (cidade espanhola virada para o Atlântico), ora para o rio Minho, onde temos Portugal como pano-de-fundo.


Outra via de acesso à ermida é através de uma Via Sacra.


A vista do topo é de cortar a respiração, dum lado o Atlântico e do outro o rio. Apesar do sol matinal reflectir no rio, é cá de cima que se vê o forte da Ínsua em todo o seu esplendor.


A subida ao monte custa a módica quantia de 0,80€ por pessoa.

¹ Acabámos por envia a chave de Padrón