sábado, 4 de outubro de 2008

Vigo

Estávamos a escrever um post sobre Vigo. Chegámos lá vindos de Baiona, dormimos em Vigo, apanhámos o barco para as Ilhas Cíes, voltámos, e seguimos viagem para Pontevedra.
A verdade é que Vigo, nos pareceu tão feio, tão sem interesse e foi um desilusão tão grande, que nem nos apetece falar de Vigo. Por isso resumimos Vigo a uma frase: Não vão lá!

Foto panorâmica da Ria de Vigo - Clique na foto para aumentar.


domingo, 28 de setembro de 2008

Dia 1 - Baiona

A meio caminho entre A Guarda e Baiona fica Oya. O Mosteiro de Santa Maria de Oya agora é propriedade privada, e só a igreja se pode visitar. Quando lá passámos, o mosteiro encontrava-se em obras e a igreja estava fechada, mas a vista da beira-mar é muito gira.



Baiona é uma bela cidade virada para o mar. Mesmo antes de entrarmos na cidade, subimos à colina onde se encontra o monumento à Virgem de La Roca. A estátua é feia, na minha humilde opinião, mas está situada num belo miradouro, onde nos podemos maravilhar com a baía de Baiona e as ilhas Cíes ao fundo.




Existem neste espaço mesas para piquenique, é um espaço agradável e muito tranquilo, foi aqui o nosso almoço.

Na chegada a Baiona, estacionámos o carro num parque à entrada da fortaleza de Monterreal. Esta fortaleza fica numa pequena península muralhada.



No mapa fornecido pelo posto de turismo estavam marcados três percursos pela simpática cidade. O que mais gostamos de fazer foi o que passa por dentro da fortaleza.

Para ver a fortaleza é preciso pagar 1 euro por pessoa. Ou seja não custa nada, o que custa mesmo é achar o senhor que vende os bilhetes, estava bem escondido. Se tivéssemos entrado sem pagar ninguém nos teria dito nada. Subimos pela escadaria e andamos pela muralha. A vista é muito gira, quer a marina e a ria dum lado, quer o Atlântico do outro.


No centro da fortaleza está um hotel, género Pousada de Portugal, e que pelo que percebemos também organiza casamentos. Encontrámos duas noivas a tirarem fotografias nos jardins. De vez em quando tivemos de fazer uns desvios para não ficarmos nas fotos de casamento de ninguém. Por isso lembrem-se, se forem ao sábado a probabilidade de encontrarem casamentos é elevada.



Outro dos percursos marcados, é um passeio pelo exterior da fortaleza. Depois de termos palmilhado o interior da muralha decidimos fazer o percurso exterior, este passeio não acrescentou muito para além dum belo escaldão. O nosso conselho? Não vale apena fazer o percurso exterior se já tiverem passeado pela fortelaza.





A outra rota é pelo centro histórico, não ficámos deslumbrados com este percurso, talvez por estar muito calor ou porque àquela hora todos os edifícios assinalados no mapa estarem fechadas, mas é um percurso agradável, por entre ruas antigas e construções de pedra.

No regresso do centro da cidade, fomos ver a réplica da caravela Pinta¹ ancorada no porto, vista de fora não nos pareceu convidativa o suficiente para entrarmos.



A visita à simpática Baiona acabou com um belo de um gelado, degustado frente à praia da ribeira. A visita a Baiona estava terminada, ainda queríamos ver parte da cidade de Vigo, nesta altura ainda pensávamos que Vigo tinha muito para ver.


¹ - Pinta foi uma das caravelas usadas por Colombo no seu caminho para a América. Mais informações.

domingo, 7 de setembro de 2008

Dia 1 - Monte Tegra

(Continuação)

No sábado levantámos-nos cedinho, pretendíamos apanhar o barco em Caminha ás 9 horas. Tomamos o pequeno-almoço no Parque enquanto trocávamos dois dedos de conversa com os "donos". A conversa não nos reteve demasiado tempo e conseguimos cumprir o objectivo, entrámos no ferry-boat a poucos minutos da hora marcada.

Enquanto nos sentávamos para apreciar a viagem pelo rio Minho cai-me da saia a chave do quarto onde havíamos passado a noite... Ops! Decidimos envia-la por correio depois¹, por agora a viagem não podia parar, todo o tempo estava contado.

Enquanto atravessávamos a fronteira natural, o rio Minho, já avistávamos o verdejante Monte Tecla, o nosso próximo destino. Antes de nos dirigirmos ao Monte Tecla (Trega em Galego) parámos na praia fluvial de Camposancos, onde o Bruno tirou algumas fotografias do forte da Ínsua, uma construção do séc. XV, situado numa ilha na foz do rio Minho.


O monte Tecla foi uma agradável surpresa, pelas suas vistas panorâmicas, pela ermida e pelo povoado galaico-romano. Este último só foi descoberto no início do século XX, quando foi construída uma nova estrada para a ermida situada no topo do monte.


Este povoado é sem dúvida um dos mais bem conservados que já encontrei. Várias habitações encontram-se reconstruídas para dar uma ideia de como seria este enorme povoado que se estende por uma boa parte do Monte.


Toda a estrada que percorre o Monte Tecla até ao cimo nos dá imagens magníficas, ora de A Guarda (cidade espanhola virada para o Atlântico), ora para o rio Minho, onde temos Portugal como pano-de-fundo.


Outra via de acesso à ermida é através de uma Via Sacra.


A vista do topo é de cortar a respiração, dum lado o Atlântico e do outro o rio. Apesar do sol matinal reflectir no rio, é cá de cima que se vê o forte da Ínsua em todo o seu esplendor.


A subida ao monte custa a módica quantia de 0,80€ por pessoa.

¹ Acabámos por envia a chave de Padrón

sábado, 30 de agosto de 2008

Viagem à Galiza

À muito que pretendia conhecer a costa da Galiza, uma zona do país vizinho que achava ser de uma grande beleza. Queríamos conhecer a Galiza e tínhamos cerca de 10 dias, tempo um pouco limitado para tudo o que pretendia conhecer...

Tentei ao máximo ter tudo planeado antes da partida, pois não queria deixar de conhecer locais, monumentos ou paisagens que mais tarde me poderia arrepender por não ter visitado. Com o sonho de conhecer o mundo, não posso me dar ao luxo de repetir o mesmo local duas vezes, a não ser claro, que este seja muito muito especial.

Dia 0 - Até Vilar de Mouros

A partida foi na sexta-feira, dia 1 de Agosto, pelas 15 horas, porque o meu-mais-que-tudo ainda foi trabalhar nessa manhã.

Estavam marcadas três noites em “hotéis”. Das três marcações, duas foram feitas por e-mail e a outra por telefone. Fazer a marcação ao telefone a falar Portunhol foi sem dúvida um momento hilariante. Como as restantes noites seriam passadas em parques de campismo, era necessário levar todo o arsenal de campismo, assim como duas geleiras e uma caixa enorme com comida. No carro, um Ibiza comercial, não cabia nem mais uma palhinha.

Na primeira noite ainda ficámos do lado de cá da fronteira, num quarto no parque de campismo de Vilar de Mouros. Já lá tinha estado à alguns anos com os meus pais e posso dizer a facilidade de encontrar o parque não aumentou. Felizmente ia-mos acompanhados da Nini, o nosso GPS, que foi uma grande ajuda nesta viagem... O.K. nem sempre, a Nini tem uma personalidade muito vincada ;)

O mapa que acompanha este post era sensivelmente o plano de viagem que tinhámos, não cumprimos tudo ...

Continua ...